sábado, 19 de maio de 2012

A BRAVO Demanda


Por: Ely, The Witch


Meus caros, quem é que se lembra… da BRAVO? Sim, esse mesmo convite-para-vender-a-dignidade que aparece em primeiro lugar na pesquisa do Google, essa colorida visão que te fere os olhos nas vitrinas de cada quiosque por esse país fora, essa fonte máxima de informação sobre a “cultura” pop actual e, resumindo, essa mesma razão pela qual os actuais adolescentes terão os seus eus futuros a olhar para trás com vergonha e horror.

Para quem não conhece (aka para quem tem estado num qualquer treino budista a murmurar cânticos por baixo de cataratas) ou para quem não se lembra (diz que o cérebro apaga as coisas que nos fazem mal) a BRAVO é uma revista direccionada para o público adolescente. Como adolescente que fui, também eu contribui para as vendas da dita… Embora “no meu tempo” ela não fosse tão má – qualquer coisa que tivesse Senhor dos Anéis e Harry Potter (MESMO Harry Potter, não artigos sobre o quão “hot” são os actores) não poderia ser má de todo – e sim, é essa a desculpa com que tenho acalmado a minha consciência e subornado a paz de espírito. Se resulta? Epah…

Focus, focus! Retornemos ao assunto em mãos: por uma razão que não lembra ao diabo nem a mim, decidi que dar uma espreitadela à BRAVO de hoje em dia seria algo… engraçado. Apenas o facto de não querer ser vista de maneira nenhuma a comprar um exemplar – a minha duvidosa reputação tem o seu orgulho – me estava a impedir de o fazer… Até ter encontrado uma BRAVO dessa mesma semana deitadinha à minha espera na Biblioteca, no dia a seguir a ter-me lembrado de, you know, comentar a revista.

O Panteão dos Deuses deu o seu favor à “BRAVO Demanda”!

Feita a introdução, passemos para o comentário em si... Começando pela capa! Mais colorida que os arco-íris que a internet inteira tem vomitado por gatinhos, Avengers e Diablo III, as garrafais letras ainda são o que eu me lembro. O conteúdo mais ou menos, afinal, mudaram-se os tempos e com eles vieram as bandas de K-Pop, o que justifica plenamente um “colecionável K-Pop”, o que quer que isso signifique (estou a partir do pressuposto que não oferecerão um coreano dançante).

Recordam os brindes mais “in” e “cool” que costumavam constituir 80% dos acessórios de muitas (eu) pessoas-a-ser? Alguma bitch levou os coolíssimos brincos-asas-de-anjo prometidos. Senti-me desfalcada, havia uma certa nostalgia dos brincos fantasia-oferta-da-BRAVO que me causavam alergia/ferida nas orelhas.

Mas avançando, e porque “sexy, sexy, sexy” (exactamente assim, três vezes seguidas) chama atenção, os brincos são rapidamente esquecidos em favor das mini-fotos de um grupo de jovens engalfinhados num barquito de borracha, sob o título chamativo de “One Direction fazem subir a temperatura!” Alto lá, que está explicada a elevação súbita que tivemos a semana passada! São eles, minha gente, são eles!

Este bom clima é, naturalmente, cortado logo de seguida com a figura que até ao momento tem predominado neste blog: “Justin Bieber anda na maior”. Embora não esteja representado como um dealer do “maaauuuullll” violador de meninas indefesas, a foto escolhida… Bom... Nunca pensei vir a incentivá-lo a despir-se, mas… Justin. Livra-te. Do. Casaco.

Terminando o rol de apetites que nos esperam dentro das páginas da BRAVO, temos um jovem da Casa dos Segre… Não, esperem… Afinal é dos Morangos com Açúcar. Confesso que não encontro grande diferença, o que interessa, no entanto, é que o João Mota não se sente como um sex symbol, o que me leva a pensar que alguém capaz de dizer algo com o qual eu concordo a 100% é capaz de ter um QI avançado demais para a TVI em que se encontra.

Eu usei o verbo “terminar”? Pois não me referia ao comentário em si. Sim, meus caros, não julguem que não há mais – e os posters? Ah pois! Eu recordo receber dois posters por BRAVO, os dois na mesma folha, o que me lixava muito o esquema quando eram dois que eu gostava e não sabia qual a focinheta que deveria deixar à vista na porta do meu armário. Ah, os dilemas da juventude… Enfim, não sei se foi algo especial (“Ah e tal, estamos aqui com posters em stock, vamos dar em dobro!”) ou se mudou definitivamente, mas esta edição tinha não dois, mas QUATRO posters! Passo a enunciar: Selena (remember Jelena?), Angel-O, Big Rush Time (um filme? Uma banda? Diz a Wikipédia que uma série) e Hunger Games. 

Um minuto por favor enquanto eu carrego as duas perguntas com que reagi a este último… QUE ESTÁ ESTA COISA LINDA A FAZER NO MEIO DA BOSTA? E QUEM FOI A FILHA DA BOSTA QUE JÁ ME ROUBOU O POSTER?

*arf arf arf*
*Full rise*

Tudo isto eclipsa-se perante a foto e notícia de capa… E porquê? Porque, caríssimos, temos Rihanna nos dias em que não se assemelhava a um fósforo ambulante, photoshopada ao lado de Miley Cyrus, que apesar de um bonito corte de cabelo novo continua a parecer-me demasiado com uma boneca insuflável. Chega a questão – que raio de razão foram desencantar para fazer da dupla a capa, atendendo a que até para as juntar foi necessário o Photoshop? Vou deixar que o título explique tudo:

“O up and down do amor – Rihanna solteirona para sempre… e Miley pronta para casar! Vai ser assim até quando?” 

Eu vou lançar o wild guess de que… Até ao próximo número da BRAVO. Embora atendendo ao fraco gosto da Rihanna, a mulher esteja melhor Forever Alone.

Terminamos, desta vez… de vez! (notaram a piada? Ahahah! O quê? Não? Okay) com as notas de rodapé, uma referente à shortsmania que pelo que tenho visto é abusada ao ponto de se tornar slutsmania, e penteados nota 20, o que equivale a dizer que nenhum docente universitário teve parte nesta avaliação.

Que vos parece, meus caros? Ansiosos pelos petiscos da BRAVO?

GoT: GdNNN – Chosen, por Kayna [1]

Bem-vindos ao primeiro episódio especial do Game of Trolls: Guerra das NaNoNinjas (GoT:GdNNN), que vai resolver o conflicto mais épico dos últimos tempos, trazendo ao campo de batalha as duas eternas némesis Moggo e Lady Entropy, que vêm visitar o Game of Trolls para uma série de reviews especiais. Visto que as duas estão em guerra, que forma melhor de resolver os seus problemas do que trollando de forma épica fanfiction que é tão má que devia ser proibida por ser um atentado à Convenção de Genebra?


Lady Entropy: Eu sou a Lady Entropy, aka A Amiga da Onça, criatura das trevas forjada nos fogos do Monte Doom, com uma língua afiada, uma paixão por livros e uma falta de vergonha total. O meu vocabulário é pesado (ou não fosse do Nuarte, carago!) e a minha tolerância extremamente reduzida. Li demasiados clássicos, por isso agora só gosto de livros que não são “a sério” (muitas aspas nisso). As minhas vítimas originais eram jogos (não de computador) mas o meu veneno chega para dar e vender, e agora chegou ao mundo da fanfiction.

Moggo: E eu sou a Mogggo, aka…eu não tenho nada para colocar depois desse aka. Preciso de fazer algo acerca disso. Ando há um ano e meio a chatear e ofender gente online, pois as vossas lágrimas e crises de fúria são nutritivas, nham. É portanto uma surpresa que a única pessoa a declarar-se minha inimiga jurada insista em arrastar-me para coisas divertidas como esta, em vez de implicar comigo como alguém normal faria. Preciso de fazer algo acerca disso, também. 

Porque as duas se descobriram incapazes de concordar sobre que colecção é um maior concentrado de estupidez e iliteracia, se Casa da Noite, se Crepúsculo, decidiu-se que o alvo desta trollagem especial seria uma fanfiction que dá pelo título de “Chosen”. Ou, como lhe preferimos chamar, “Quem é que pensou que isto podia ser uma boa ideia, porra?”. Aparentemente, alguém achou que fazia falta ao mundo um crossover entre dois dos franchises mais trolláveis que existem. Confrontadas com este atentado a tudo o que é bom, são e sagrado, as duas némesis resolveram unir-se para destruir o monstro.

Mas antes de o boi ser pegado pelos cornos, é necessário esclarecer o que exactamente está na origem das diferenças de opinião das duas acerca dos acima mencionados livros.

Lady Entropy: Apesar de ser uma Mary-Sue que colecciona poderes e namorados como velhotas coleccionam gatos abandonados, a protagonista do Casa da Noite pelo menos tem uma personalidade, e não fica sentada apaticamente à espera que as coisas lhe caiam no colo – faz asneiras, e paga por elas. Apesar de ter um harém de apaixonados, tem amigos que são importantes – e não são a família dos amados. E personagens importantes morrem em CdN (okay, depois voltam à vida, mas na altura não se sabe isso)! E as coisas resolvem-se à batatada, em combates onde pessoas se magoam a valer, e não com conversinhas. 
Ah. E os vampiros aqui? Não brilham.

Moggo: Geralmente, a minha defesa do facto de ser twifã consiste num simples “gostos não se discutem, ‘kay?”. Mas uma vez que alguém aqui tem de servir de advogada do diabo...*aclara a garganta* Ter uma personalidade é precisamente o problema da Zoey. Se a intenção é fazer com que as jovens, inocentes e impressionáveis leitoras se identifiquem com a protagonista, mais vale que esta seja um buraco vazio a ser enchido do que um buraco que tende a estar cheio com…certo, penso que vocês já estão a ver onde quero chegar. Também, diga-se o que se quiser das capacidades da Sra. Meyer como escritora, ela é ao menos consistente no seu uso de prosa púrpura. Os livros de CdN lêem-se como se tivessem sido escritos por uma velhinha bipolar que não consegue decidir se quer ser “hip” ou despejar o dicionário de sinónimos na página. E para argumento final, a Saga Crepúsculo é composta por só quatro livros. ‘nuff said.

Criancinhas e pessoas facilmente impressionáveis, abstenham-se de continuar a ler. Isto vai ser feio. Os disclaimers são os do costume: nada é mudado no texto da fic, ele não nos pertence e nós não o quereríamos se nos fosse oferecido numa bandeja de platina, opiniões são nossas, a Terra completa uma rotação à volta do Sol a cada 365 dias etc., etc.

E agora, passemos à diversão!